O que me chamou a atenção? Bom, os desenvolvedores de games do Texas tem uma convenção MENSAL, chamada Juegos Rancheros, aonde podem trocar ideias, jogar seus jogos em telões e conhecer outras pessoas.
Em um momento, um dos desenvolvedores chama atenção para alguns mudanças recentes no mundo dos games: Agora que 60% dos Americanos joga algum tipo de jogo, o termo "gamer" não faz mais nenhum sentido. E chegamos a um ponto em que se uma pessoa quiser fazer um game, ela pode. tanto quantos e ela quiser fazer um filme, ou uma música ou escrever um livro. As ferramentas estão aí. A questão é se vai ser bom, ou se vai ser rentável.
Pra fazer uma comparação coma realidade de uma cena aqui no Brasil, a cena Funk Carioca: Toda favela, tem um estúdio de música que grava artistas evangélicos e MCs de funk. Esses caras se apresentam nas igrejas e bailes locais.Eventualmente, algum refrão, alguma frase engraçada, alguma batida inovadora, vai fazer sucesso com o público, vai colar mesmo. Vão fazer shows em outars comunidades, tocar em rádios comunitárias e em algum momento, podem atingir a grande mídia assim como fizeram Mr. Catra, Valeska Popozuda ou MC Carol. Eu poderia falar sobre os CDs independentes que vendem nos camelôs, mas acho que ninguém mais compra CDs.
Pois então, imagine só que hoje em dia, os desenvolvedores tem a Steam, uma vitrine permanente, bem diferente de ter que disputar espaço nas prateleiras das Lojas Americanas ou da Casa & Video.
Acho que a relação as pessoas com a mídia está mudando mesmo. Já faz tempo que o Rap é favorito de boa parte das pessoas aqui no Brasil, e não é um estilo que toque nas rádios ou ganhe espaço em grandes festivais, ou apareça na TV, etc. A maior parte das pessoas que conheço joga jogos independentes meio a meio, ou até mais do que títulos "Triple A".
Quando converso com algumas pessoas que não necessariamente se interessam por games, e falo sobre esses fatos, As pessoas me fazem algumas perguntas interessantes: Como as escolas e universidades estão preparando as pessoas par essa realidade que está se formando?
Infelizmente, acho que ainda vamos continuar por um bom tempo olhando essas cosias bem de longe, como expectadores, sem ter como contribuir ou participar.
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