Lone Sloane é um explorador membro do império humano, que se espalhou pelas estrelas, aterrorizando todo tipo de raça alienígena. Em algum momento, Sloane esbarra com um artefato estranho, o trono do Deus sombrio, e é de alguma forma "tocado" pelos deuses, e ganha alguams habilidades que nunca ficam muito claras no decorrer da estória.
Mas quem é Sloane importa muito menos do que quem é Phillipe Druillet, o autor.Na maior parte do tempo, Sloane nem é um personagem tão bem definido assim, ele só está lá pra dar uma escala humana à arte do francês.
Druillet não usa muito os quadrinhos. a arte dele parece que está sempre vazando pra fora das páginas e frequentemente a estrutura de alguma máquina ou de um templo é que acaba dando os contornos pra arte.
O cara é viciado em detalhes, tudo é superlativo demais, e como isso tudo é muito experimental - ainda mais na década de 70 quando foi lançado - por vezes o autor mesmos e perde e coloca umas setinhas irritantes pra orientar o sentido da leitura.
Eu fiquei pensando a melhor maneira de descrever o trabalho do cara, e acho que é algo mais ou menos assim: Imagine que uma banda de Kraut Rock resolve fazer um álbum temático em torno de space operas e outras coisas como Surfista Prateado e Tales of the Jedi ( principalmente "The Golden Age of the Sith).
E aí depois que esse álbum tá completo, eles chamam um arquiteto viciado em perspectiva, que largou tudo pra ser hippie e se entupir de LSD pra fazer a arte do poster da turnê.
Então acho que é mais ou menos isso que acontece nos quadrinhos do Druillet o tempo todo.
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