2000AD começou como Action, uma revista com temas "de rua", como punk rock, hooliganismo, tensões sociais e muita violência.
![]() |
Revista Action! |
2000AD foi a maneira que Pat Mills e a equipe original encontraram pra fugir da censura, colocando estes mesmos temas sob uma roupagem de ficção científica, para que não chocasse tanto a sociedade. e em uma época onde não havia internet ou fax, e a revista tendo periodicidade semanal, os autores todos se encontravam e a cosia toda virou um grande "clube do bolinha". Imagine que em uma época em que a palavra de ordem da juventude era "Anarquia", o personagem mais vendido é um policial fascista que odeia tudo o que essa geração gosta e defende. Se isso não é cosia de gênio, então eu não sei mais o que é.
Mostra como a revista foi responsável pela transição da era de bronze para a era sombria, quando a DC Comics começou a importar talentos para a América, a chamada British Invasion, e basicamente, como a Vertigo - o selo adulto da editora- era só um lugar pra amontoar esses britânicos.
Foi muito legal poder finalmente ver os rostos e ouvir as vozes de pessoas que só conheço pelas assinaturas em nos pés das páginas, e ver que eles mantém a mesma energia e o mesmo compromisso de manter a identidade da revista. Quer dizer, os caras que fizeram a Margareth Tatcher ser morta a tiros nas escadarias da catedral de St. Paul.
Outra coisa muito legal é que os autores citam filmes que foram claramente inspirados na revista, e que carregam o espírito dela em outras mídias. Filmes como Robocop, O Livro de Eli, Hardware, 28 days later, etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário