quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Museu do videogame itinerante

Eu acho que o certo seria Museu itinerante do videogame, porque quem tem um itinerário a cumprir é o museu, e não um console fantástico que viaja por aí e ganhou até um museu por causa disso. Mas vou deixar isso pra lá e falar de outras cosias mais importantes que percebi:

  • Eu fui até o shopping pra tirar foto de console e ver alguns deles funcionando ao vivo. O que encontrei foi uma grande festa, Com as pessoas jogando contra desconhecidos.  Parecia um grande fliperama.  Eu sei que tem muita gente séria estudando a influência dos games na cultura popular, investindo dinheiro nisso, mas ainda assim foi impressionante de ver a euforia das pessoas.
  • Foi difícil saber quem estava trabalhando no evento e quem estava só visitando, porque todo mundo estava com camisetas de personagens de games, ou diagramas de consoles e controles... Vi até uma camisa da seleção brasileira em pixels,  com o nome Allejo, um jogador que nunca existiu fora do Super Nintendo. E se não me engano, em um jogo pirata.
  •  Eu posso estar enganado, mas já venho observando há algum tempo que para as crianças e adolescentes, jogos antigos e jogos independentes são praticamente a mesma coisa. Todo mundo jogava de tudo.
  • Me surpreendi com os consoles franceses. Consoles originais, e não clones da Sega ou Nintendo. Nunca tinha ouvido falar.
  • Haviam alguns consoles que usavam fitas VHS no lugar de cartuchos ou CDs. E não eram um daqueles VCR Board Games, eram consoles de verdade.
  • O que mais me chamou a atenção foi a quantidade de tipos diferentes de controles. Quer dizer, aparentemente, este tipo de coisa hoje em dia encontrou um padrão. Mas o que eu vi ali foi um mundo de possibilidades. Muita gente reclama que a Nintendo não investe em gráficos e fica inventando moda a cada novo console, bom, depois de ir nessa expo, tenho certeza que eles tem uma visão muito mais ampla do que é videogame.
  • E falando em Nintendo, é impressionante como com tantas opções diferentes de plataformas, as pessoas ainda fazem fila pra jogar Mario, Smash Bros, etc. A Nintendo ainda tem muita força.
  • Realizei o sonho de jogar um Vectrex. Ao vivo ele é muito mais lindo, A sensação de profundidade dos jogos é impressionante.
  • Experimentei os óculos de realidade virtual da sony. Joguei Until dawn: Rush of Blood, um rail shooter de horror muito legal.
Mas enfim, ter visto a história dos consoles assim reunida, com pessoas de todo o tipo participando ali, jogando todo tipo de jogo.. Me fez perceber  que ainda existem muitas possibilidades pra serem exploradas. Assim como a TV e os jornais perderam espaço para youtubers e redes sociais, acho que os independentes ainda podem surpreender, alguém ainda pode inventar um novo paradigma de software ou hardware, que não dependa de tecnologia de ponta, e sim de criatividade.  E isso não precisa acontecer nos EUA ou no Japão ou na Coreia. Pode acontecer até mesmo aqui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário