Depois do filme americano de Godzilla de 2014, eu fiquei na expectativa de que dali em diante, na mente das pessoas, a franquia de monstros do lagartão se tornasse americana de vez. Muita gente nem considera o filme americano de 1998 como parte da mitologia, e os filmes japoneses da mesma época, apesar de não terem nenhum efeito em CGI, superam muito a sua contraparte ianque.
Mas agora era diferente. Gareth Edwards vinha do excelente Monstros, e dessa vez, os americanos estavam dispostos a acertar. E acertaram. O filme é muito bom e Godzilla tá lindo demais. Parecia que os japoneses teriam de jogar a toalha de vez.
Mas aí anunciaram Shin Gidzilla, e nas promos iniciais, o filme já surpreendeu com um design bem ousado pro monstro. E dirigido por ninguém menos do que Hideaki Anno, de Neon Genesis Evangelion. E se Evangelion por si só não dá credibilidade ao nome de Anno, ele recentemente fez para o Studio Ghibli, o excelente God warrior appears in Tokyo. Eu embarquei no "hype train "na hora.
E Anno não decepciona. na verdade, até surpreende. Imprime sua personalidade no filme ( atenção à trilha sonora com música erudita em momentos-chave). É um Godzilla escroto, asqueroso e melequento. Mas surpreendentemente, ainda é um filme de Godzilla do início ao fim. E comos e não abastasse, ainda tem uma mensagem política bem discreta embutida no filme, uma tendência que tenho observado em grandes produções japonesas, algo que pode ser traduzido mais ou menos como U.S.A. CAIAM FORA DAQUI! Ò_Ó, mas isso é assunto pra outro post.
Quando Shin Godzilla terminou, eu fiquei com a mesma expectativa de quando terminei de ver o Godzilla de Gareth Edwards: Agora que eels reinventaram o rei dos monstros, qual vai ser o próximo kaiju a ficar mais monumental, majestoso, ou talvez escroto pra caramba e melequento? Aguardando ansiosamente.
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